O motor elétrico é uma máquina que gira.
O dicionário Aurélio define motor como “Tudo que em mecânica imprime movimento, como o vapor, a água, o vento, etc”, indo mais fundo, podemos encontrar a seguinte frase “Sistema material que transforma em energia mecânica outras formas de energia”.
O motor elétrico, por sua vez, conta com diversas vantagens sobre seus familiares: é mais barato, mais simples, é fácil de transportar e não produz sujeira, sem falar na grande versatilidade e alto rendimento. Mas agora que já lhe mostrei que ele é a melhor opção na maioria dos casos, que tal descobrir como ele funciona?
Primeiro devemos entender como funcionam os polos magnéticos – assumindo que você tem mais de 4 anos, podemos pular o básico dos ímãs e ir direto ao ponto: as espiras e a solenoide.
Demorou um pouco até que a ciência começasse a relacionar eletricidade e magnetismo, um dos cientistas que contribuiu para essa ponte entre os dois tópicos foi Michael Faraday, criador da famosa gaiola de Faraday.
Michael descobriu que uma corrente elétrica era gerada ao posicionar um imã no interior de uma bobina de fio condutor. Deduziu que se movesse a bobina em relação ao imã obteria uma corrente elétrica contínua, efeito que após comprovado recebeu o nome de indução eletromagnética. A indução eletromagnética é o princípio básico de funcionamento dos geradores e motores elétricos, sendo estes dois equipamentos iguais na sua concepção e diferentes apenas na sua utilização. No gerador elétrico, a movimentação de uma bobina em relação a um imã produz uma corrente elétrica, enquanto no motor elétrico uma corrente elétrica produz a movimentação de uma bobina em relação ao imã.
Ouve ainda um sapateiro inglês chamado Willian Sturgeon, esse cidadão estudava eletricidade nas horas vagas e, mesmo sendo apenas um hobbie, acabou descobrindo o Eletroímã, uma peça fundamental do quebra cabeça que é o motor elétrico. Ele observou que um núcleo de ferro envolto por um fio condutor elétrico transformava-se num imã quando se aplicava uma corrente elétrica, observando também que a força do imã cessava tão logo a corrente fosse interrompida.
Mas como esses conceitos se aplicam ao motor elétrico? É bem simples de imaginar. O motor possui um eixo, imagine ele como um círculo pequeno dentro de um círculo grande. Os dois círculos possuem bobinas (as mencionadas anteriormente, que adquirem propriedades magnéticas ao terem corrente correndo por elas), sendo que o grande círculo tem suas bobinas para dentro, e o menor, para fora.
Quando ligamos elas, por assim dizer, todas criam campos magnéticos que
vão se atrair, o círculo menor (que pode girar, enquanto o maior fica parado) começa a girar em direção a uma determinada bobina do círculo grande que vai ter um campo magnético mais forte. Mas quando ela chega nesse campo magnético, outra bobina do círculo grande fica mais forte e ela se move em direção a esse outro campo, esse ciclo fica se repetindo, permitindo que a energia elétrica (utilizada para criar o polo magnético) se transforme em energia mecânica (utilizada no giro do círculo menor).
Mas, para que serve o motor elétrico? Ele é utilizado principalmente na indústria ou maquinas para criar a força motora, responsável por transformar a energia elétrica em mecânica, sendo assim essencial para nós hoje em dia.
A união de vários conceitos científicos permitiu a criação de uma máquina que possui certa harmonia em seu funcionamento, uma máquina que transforma o nosso mundo e provavelmente vai continuar a mudar ele por muito tempo.
O motor elétrico é uma máquina que gira, e faz o mundo girar com ela
