A gente sabe que a percussão pode fazer toda a diferença numa música, e que não serve só pra contar o tempo. Então trouxe aqui uma lista com 11 músicas com uma percussão marcante, colocando sempre uma versão cover pra ficar mais fácil perceber as nuâncias da melodia (na medida do possível, pq é difícil achar cover de banda br), mãos à massa!
11. Bad Company – Bad Company, Bad Company (Simon Kirke)
Uma música que poderia muito bem definir o gênero Classic Rock, Bad Company foi lançada em 1974. A bateria aqui não foge dos padrões do rock., na verdade, talvez tenha sido uma das que estabeleceu esses padrões. Ela combina com a guitarra, mas apresenta uma autonomia que lhe dá a liberdade de usar os pratos, principalmente o ataque.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=9Ao3K9xhtOA]
10. Aqualung – Jethro Tull, Aqualung (Clive Bunker)
Partindo pro Rock Progressivo, com a música de maior sucesso da Jethro Tull. Ao contrário da anterior, essa bateria presa mais pelos tambores em conjunto com o ride, produzindo um som mais “seco”. Ela também varia entre um ritmo acelerado e outro bem mais lento – algo característico do rock progressivo.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=BQ-UszlOLSM]
9. We are Young – fun, Some Nights (Jack Antonoff/Andrew Dost)
Ganhadora do Grammy de melhor música do ano, ela possui uma bateria que não se destaca muito durante o meio da música, mas ela recebe os holofotes no início, e é por isso que está aqui. É ainda mais lenta que a bateria de Aqualung, mas mesmo assim consegue passar uma sensação de velocidade.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=z8M-Vs5iLSY]
8. Tusk – Fleetwood Mac, Tusk (Mick Fleetwood)
Diferenciando muito das anteriores, essa música utiliza mais o surdo e os tons, aproveitando a pele hidráulica para criar uma sonoridade diferente do “seco” presente antes, combinando com as trombetas presentes na música. É bem mais melódica e um pouco acelerada.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=A1v1MeqatR8]
7. Don’t Stop me now – Queen, Jazz (Roger Taylor)
Uma daquelas músicas que te faz querer ter dois pratos de ataque. Don’t stop me now, do Queen, é uma música que todo mundo conhece, parte de seu sucesso se deve a uma marca característica da banda: todos os instrumentos conversam entre si e tem seu momento de destaque. Temos um ótimo baixo, um solo de guitarra incrível e uma bateria que meu amigo… Ela é super acelerada e vai exigir uma ótima coordenação motora de quem for tocar.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=5xbkDc6AdeY]
6. L’âge D’or – Legião Urbana, V (Marcelo Bonfá)
Uma das músicas com pegada mais Hard Rock do Legião Urbana, a bateria se destaca muito e, mesmo combinando com a guitarra, acaba roubando a cena na maior parte da música. É tão rápida quanto a da posição anterior e usa o surdo, caixa, os tons e todos os pratos.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ZlBHHLNuGpc]
5. Ocean Planet – Gojira, From Mars to Sirius (Mario Duplantier)
Com essa música Mario Duplantier nos lembra o porque dele estar entre os melhores bateristas do mundo, usando a famosa técnica de segurar o crash diversas vezes durante a música. Essa é possui um ritmo mais “controlado”, digamos assim. Pois fica se repetindo e variando muito pouco, se focando nos tons, surdo, Ride e crash.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=bsTfQPLcXrA]
4. Young Lust – Pink Floyd, The Wall (Nick Manson)
Apesar de que a principal estrela aqui seja a caixa, Nick utiliza tudo que está ao seu alcance durante a música, como se espera de um baterista de rock progressivo. Se destaca aqui a harmonia entre a melodia dos outros instrumentos e a bateria.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=E1tw1b-34Ps]
(É, ele não está usando a música original, mas é foi o melhor cover que encontrei!)
3. Filmes de Guerra, Canções de Amor – Engenheiros do Hawaii, A revolta dos dândis (Carlos Maltz)
Essa música foi o principal motivo de eu colocar “percussão” ao invés de simplesmente “bateria” no título: os instrumentos da categoria aqui vão além da bateria, chegando até os chocalhos. A combinação é sensacional e bem orquestrada pelo Maltz, que usa a bateria pra contar o tempo e os outros instrumentos pra dar aquela enriquecida na melodia, fazendo muitas, MUITAS viradas… Vale muito a pena conferir!
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Z3deXjvtx_A]
2. Holy Diver – Dio, Holy Diver (Simon Wright)
Bumbo duplo! O único jeito de tocar essa música é deixar ela te levar, sem permitir qualquer pausa entre as viradas. E eu nunca vi tantos pratos serem utilizados em uma música de heavy metal, parabéns à todos os envolvidos (Simon Wright).
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=rCnqeK-ABLc]
Menção Honrosa:
Fotografia 3×4 – Belchior, Alucinação (Pedrinho Batera/Ariovaldo Contesini)
Ela tem uma bateria legal pra caramba que fica no plano de fundo, pra dar destaque a voz. Vale a pena conferir.
Doom OST – Mick Gordon ou Bobby Prince
Tanto a OST de Doom (1993) quanto a de Doom (2016) são show de bola quando se fala de percussão. Não coloquei elas aqui porque, né…
1. Run to the Hills – Iron Maiden, The Number of the Beast (Clive Burr)
E por falar em velocidade… Essa música leva o baterista ao limite, gritando “not quite my tempo” na cara dele. Uma das poucas que usa muito o Splash, o prato que é uma versão “suavizada” do Crash. O foco principal é na combinação caixa+chimbal, mas nas viradas ele usa os tons e o surdo, além de outros pratos.
Eu nem sou fã de Iron Maiden… Você venceu, Aleksander.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Vft1ZhPQ7-A]