Então, eu tenho um amigo que é bem niilista. Sim, eu sei que tá na moda hoje em dia, o que diferencia ele é que o cara fala uns pensamentos interessantes, mesmo sem ter muito embasamento.
“Ninguém nasce com um propósito”, “nascemos para morrer”, “a vida não tem sentido”, são frases que ouço muito dele. Bom, até ai tudo bem… Se não fosse uma outra frase que ele repete constantemente: “a vida só se resume a isso?”.
Toda vez que falamos sobre trabalho, relacionamentos ou quase qualquer coisa, no geral, ficamos a deriva, pensando em como a vida pode ser algo repetitivo (e será) para a maioria das pessoas. Puxa vida, quem dera fosse só repetitiva… Ela é estressante, maçante, chata e exaustiva. Existe alguma escapatória? Bem, existir até existe…
Esse mesmo amigo tira muito sarro da religião. Ele frequenta a igreja, mas não é um dos mais fieis, pra falar a real ele realmente não curte a ideia de religião ou da existência de um deus. Bem, eu também não sou exatamente um fiel, então o que diferencia nós dois? O que me faz ter tranquilidade na rotina enquanto ele se desespera tanto? A minha resposta é o título.
Fico muito indignado sobre como a religião/espiritualidade é tratada por algumas pessoas. É como se ela não tivesse nenhum propósito e servisse apenas para conduzir um gado. As mesmas pessoas que dizem isso são aquelas que passam por períodos tristeza, onde sentem estar perdidos, ou que ficam desesperados com as condições do cotidiano… O homem zomba da espiritualidade, apesar de clamar por ela.
Não estou falando necessariamente de cristianismo ou de uma experiência transcendental, sequer de ser devoto. O que falo aqui é que precisamos dedicar um pouco mais de tempo à nossa mente (ou alma, como preferir). Quer um exemplo legal? Algo que melhore o jeito que você vê as coisas sem necessitar que você tenha fé? Mindfulness, a versão “ocidentalizada” e cientificamente provada do budismo.
Cara, você nem precisa ir pra um templo ou algo assim. O mindfulness pode ser praticado simplesmente no tapete do seu quarto e até escondido, se você quiser.
Não é necessário morrer para vivenciar o espiritualismo, basta dar uma chance.
