Carta aos leitores(as) do In-senso

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Bom, acho que cabe aqui uma explicação de o porque estarmos nesse barco, mesmo que talvez 0 pessoas se importem.

Pra quem não sabe do que estou falando, a situação é a seguinte: no mês de dezembro, avisamos para todos que ficaríamos algum tempo fora do ar e então iríamos retornar com um novo site, com domínio próprio (que inclusive, está ativo) e outras novidades. Mais de 6 meses se passaram e até agora nenhuma palavra saiu de nossas bocas ou da nossa conta do twitter sobre o assunto.
Para entender o que está acontecendo, cabe aqui uma leitura de como se seguiu o primeiro ano de vida do blog/podcast in-senso e o que aconteceu nesses meses que se passaram fora do ar.

Nunca gostei de falar sobre esse assunto porque sempre tomei o papel da pessoa que evita inconvenientes e não incomoda os outros, porque o blog, na minha visão, tem uma união fraca que pode se romper a qualquer momento. Veja bem — o in-senso é formado por um trio unido apenas pelo “tamo aí” e pela amizade, nenhum de nós três tem qualquer obrigação pra ficar na equipe. Não existe laço monetário, formal ou de responsabilidade. Ter e cuidar desse blog é um trabalho voluntário e é bem provável que as outras duas pessoas do trio entendam a terceira que deseja sair.
Talvez esse problema seja oriundo da nossa justificativa para a existência do site, seria um lugar para “postar nossos textos”. Desde o começo era SÓ um blog e o meu maior erro foi começar a tratar ele como algo mais sério, como um compromisso.
Isso é a razão de eu ter começado a fazer um post toda semana. Ok, eu também fazia isso por acreditar que, sem posts toda semana, o blog iria virar um deserto e eventualmente todos iriam desanimar, então eu tinha que manter essa aparência de que estávamos nos empenhando. A questão é que não faz sentido eu reclamar que alguém fez 4 posts em um ano porque, acho que na visão dos outros, não era nada de mais, era só um blog sem relevância.

Durante esse primeiro ano o que se observava era que cada um via o blog de uma forma. Compartilhar momentos de felicidade por causa do blog entre nós três foi algo que reforçou nossa amizade e manteve o blog com vida, apesar de não ter sido o suficiente para ele bombar. No geral, esse blog era tratado com um pouco de descaso.

Claro que no meio tempo surgiram diversas ideias que nos empolgaram, compramos equipamento para o podcast, a página oficial de um dos maiores RPG’s nacional divulgou o nosso site e algumas pessoas do nosso círculo íntimo realmente elogiavam certos textos, mas tudo isso só funcionou por alguns instantes.

Então chegamos nos meses setembro/outubro, por diversos motivos (mas principalmente por causa de um post do Aleksander) o número de visualizações do site subiu muito, mas muito MESMO. E começamos a levar a sério a ideia de ter um domínio próprio, profissionalizar a parada. O Danrley até hoje sonha em mandar o podcast para alguma rádio aqui de Linhares e começarmos a produzir ele com uma parceria — e tenho que dizer que adoraria ver isso acontecer.
Numas dessas ondas de empolgação, gravávamos diversos podcasts… Acho que temos material suficiente para lançar uns 5 ou 6 nessa altura.

Enfim, passamos um tempo escolhendo templates e paramos de postar para poder migrar o site do wordpress.com para o blogger.com. Com isso surgiram alguns inconvenientes, como o fato de todos os posts ficarem como autoria de quem fez a migração (eu) e o código de vídeos/legendas de imagens não funcionava igual no wordpress e no blogger. Acho que no primeiro mês o Danrley passou todos os posts dele para a própria autoria, coisa que o Aleksander demorou mais de quatro meses pra fazer. Obviamente, como o site estava em construção, deixamos no privado (por isso ele pede o login no Google quando você acessa o in-senso.com.br). O que se seguiu desses primeiros meses até julho foi uma eterna enrolação de todas as partes, a gente praticamente esqueceu que o blog existia.
Muita coisa aconteceu durante esse limbo, membros do blog encontraram empregos, saíram e encontraram de novo. Isso obviamente dificultou muito a vida do site. Também conseguimos coisas muito legais, como uma entrevista com líderes de selos brasileiros de podcasts e até uma key grátis para um jogo na steam que lançou recentemente.

Enfim, a situação em que nos encontramos agora é que o site AINDA está em construção, simplesmente porque não conseguimos sentar e resolver todos os pequenos problemas de uma vez. Tudo está andando numa velocidade muito lenta e não temos uma visão do futuro. As obrigações da “vida real” acabam dificultando tudo isso também.

Outra coisa que dificulta é uma certa falta de comunicação. As mensagens no grupo sobre o tópico (terminar o site) geram poucos comentários e as vezes ficam sem resposta.

Observando mais de perto, parece que estamos começando a nos animar novamente para a volta do blog, mas, como dito antes, tudo está andando muito devagar, e só posso pedir a sua paciência.

Nota: esse texto foi escrito por mim e teve a aprovação de todos os membros do In-senso para ser publicado. Só fiz algumas pequenas alterações.

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